sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Gay love history

Encontrei este video enquanto navegava no youtube. Achei lindo :D












Entrevistas

Vou contar-vos a história do José, que poderia ser o Manuel, o António ou o João.
O José é um adolescente de 16 anos que tem um namorado, o Daniel. Resolveu contar aos pais.
E porquê José?
“ – Resolvi contar aos meus pais porque estou feliz. Resolvi contar aos meus pais  porque é importante para mim que saibam. Resolvi contar aos meus pais porque não consigo mais mentir. Resolvi contar aos meus pais porque quero ser com eles a pessoa que realmente sou.”
O Daniel é mais velho, tem 20 anos, quase 21 anos.
E porquê José? Porquê mais velho?
“ – Porque gostei dele. Porque me transmitiu paz, segurança, confiança na decisão, fez-me não ter medo e não me sentir anormal ou envergonhado por ser homossexual. Porque é maduro, porque me ensina coisas, porque já tomou uma decisão e não tem vergonha de ser quem é.”
O José quando contou aos pais disse-lhes a verdade. Que o Daniel era mais velho 4 anos, quase 5. Os pais reagiram mal. Tiveram receio que o José fosse enganado, fosse manipulado por um homem mais velho, que lhe fizesse mal e o estivesse a convencer de algo que ele não é. Proibiram-no do ver, disseram que é crime o que ele está a fazer.
E o que fizeste José?
“ – Senti receio do que pudessem fazer, podiam prejudicar o Daniel, a pessoa que eu gosto e não quero que nada de mal lhe aconteça por minha causa. Fiquei com medo e escondi a verdade, não quero que aconteça nada de mal ao Daniel. Encontrava-me com ele sem os meus pais saberem, era muito rápido, tinha sempre receio que pudessem saber e sentia-me mal por não lhes dizer a verdade. Raramente via o Daniel e quando o via ficava nervoso, sentia que estava a fazer alguma coisa de errado.
Sentia-me mal, triste, os meus pais de um lado, a quem sempre contei tudo, a quem queria contar o que há tanto tempo me custou admitir com medo do que poderiam pensar e o Daniel do outro… Nunca tinha tido ninguém que me desse tanto carinho, com quem me sentisse eu mesmo, que me respeitasse com tudo o que sou. Pela primeira não vivia numa mentira e agora vivia novamente numa mentira, quando queria viver na verdade. Senti-me injustiçado.”

O José entre a dificuldade de viver com a mentira aos pais e o querer estar com quem o fazia ser na verdade aquilo que ele era, sentiu-se dividido, triste, revoltado, a relação com o Daniel foi afetada.
E o que aconteceu José?
“ – Não consegui continuar assim, mentir aos meus pais não era solução para mim. Sentia que não estava a fazer nada de errado apenas queria estar com a pessoa que me fazia sentir bem respeitando aquilo que eu era e não tinha o apoio dos meus pais e era difícil perceber porquê, era difícil aceitar que eles não faziam um esforço para vencer um preconceito. Mas ao mesmo tempo, sem o apoio deles não me sentia bem, comecei a não estar bem com o Daniel, sempre com medo que me pudessem ver e os meus pais se desiludissem e fosse fazer queixa do Daniel, não podia deixar que isso acontecesse a alguém que só me fez bem. Resolvi deixá-lo. Foi triste, ficou triste, mas ele percebeu. Ficámos amigos. Eu continuei a gostar muito dele como gostei de outra pessoa.”
Em casa os pais não voltaram a falar sobre o assunto. Tornou-se um assunto tabu para todos que ninguém conseguia abordar, os pais com medo do que o José lhes poderia dizer e o José com receio de voltar a desiludir-se com a reação dos pais. O José tentou aos 17 anos voltar a abordar o assunto, contando aos pais que ia a uma discoteca onde iam muitas pessoas homossexuais. Os pais por ficarem chocados disseram-lhe que essas pessoas o influenciam e fazem com que não tenha oportunidades de encontrar raparigas para namorar. O José não concordou e calou-se.
E porquê José?
“ – A homossexualidade não se pega e eles parece que querem acreditar nisso. A homossexualidade não se apanha como a uma doença contagiosa. Não é uma doença. Nasce connosco, é a nossa orientação sexual, é apenas uma das nossas características, tal como são tantas outras. Se for a uma discoteca onde estejam apenas heterossexuais não passo a ser heterossexual por isso. Sinto que os meus pais pensam que eu escolhi namorar com homens, não entendem que possa mesmo só sentir-me atraído por pessoas do mesmo sexo, parece que decidi como decido comprar uma camisola ou o curso que vou tirar. O que eu decidi foi assumir o que sou cá dentro, o que decidi foi ser eu mesmo e encontrei pessoas que me aceitam como sou. Por vezes, em discotecas frequentadas maioritariamente por homossexuais ou em grupos de homossexuais sinto-me mais compreendido e mais seguro, sem me sentir tão julgado. No entanto, a maioria dos amigos que tenho hoje já sabem que sou homossexual e não se afastaram por isso. Sinto-me mais eu com estes amigos. Quando era mais novo, mesmo antes de me aceitar, frequentemente era chamado na escola de “- Maricas.” e outras palavras piores. Lembro-me de chorar e lembro-me de à noite ter pesadelos em que me obrigavam a estar com raparigas. Eu precisava do apoio dos meus pais, foi isso que eu quis, não me sentia bem e sabia que o caminho podia ser mais fácil com eles.”
Com o tempo o assunto deixou de ser referido, pelo José e pelos pais. O José tentou ainda algumas vezes abordar o assunto, ter uma conversa, respeitar o choque e estranheza dos pais, pôs-se no lugar deles, de acordo com a educação deles, tomando por base a sociedade em que estão inseridos, os valores, mas os pais sempre encararam como uma escolha. O pai chegou mesmo a discutir com ele quando o viu numa fotografia com um namorado, dizendo-lhe que ele era uma desilusão.
E depois José?
“ – Nesse dia chorei muito mas já tinha 25 anos. Compreendi que os meus pais não iriam aceitar e não tinham caminhado comigo como eu queria. Apesar disso consegui ser quem sou, ter o suporte dos amigos e ser feliz e conseguir lidar com o preconceito. Tornei-me advogado, tal como o meu pai sempre quis. Trabalho numa empresa importante, tal como o meu pai sempre quis. Ganho bem e tenho uma boa casa, tal como o meu pai sempre quis. Faço desporto, sou saudável, tenho a altura e o peso certo, as análises equilibradas, gosto de ler, ir ao cinema e teatro, como os meus pais sempre quiseram. Sou casado, como os meus pais sempre quiseram. Sou homossexual, como os meus pais nunca quiseram.
Tal como o José, aos 16 anos há muitos adolescentes e muitas adolescentes que depois de anos de se sentirem a ser pessoas que não são, a fingirem ser igual à maioria dos rapazes e raparigas da sua idade que querem namorar com pessoas do sexo oposto, de não conseguirem ser o que realmente são, decidem aceitar-se e procurar a aceitação do mundo da sua orientação sexual.
Para os pais é uma fase difícil, de conflito entre os valores e princípios da educação que diz que é errada a homossexualidade, de uma sociedade embebida de um preconceito, de um automatismo que na cabeça de cada um leva a que se considere que é errado gostar de pessoas do mesmo sexo. Cabe a cada um disputar uma batalha com esse preconceito, percebê-lo: o que será que é errado na homossexualidade? O que causa tanta confusão e estranheza?
Quando se tem um filho homossexual, ele pode esconder toda a vida a sua orientação sexual. Ele pode mesmo esconder de si próprio com medo de não aguentar pelos preconceitos que o rodeiam, pelas dificuldades que se impõem perante uma revelação dessas na sociedade em que vivemos. No entanto, dentro dele existe essa identidade, ela está viva e não é por se negar ou se esconder que ela muda.
Como em tantos outros assuntos do crescimento das crianças e adolescentes, cabe ao adulto pai/mãe decidir se o quer acompanhar nos seus caminhos, nos fáceis e nos difíceis. As vivências acontecerão na mesma, consigo ou sem si. A escolha é de cada pai, a escolha é de cada mãe. Muito difícil sabemos, mas sem dúvida, certamente, o seu filho para (con)viver com a sua homossexualidade vai agradecer-lhe se sentir que está com ele. Pode partilhar com ele as suas dificuldades, transmitindo-lhe que apesar disso estará com ele e o acompanhará.
A decisão é sua. Está disposto a (con)viver com a verdade?
Um blogger e participante do universo ativista LGBT, começou-se a falar dele em 2011, quando Phillipe Ariño revelou que havia mudado de vida. Em 2013, ele guiou, em primeira linha, a batalha contra a legalização do "casamento para todos" francês; é autor do livro "L'homosexualité en vérité", que na França vendeu mais de 10 mil cópias.
 
Foi ele quem aconselhou Frigide Barjot, ex-porta-voz da "Manif pour tous", que não falasse de "heterossexualidade", porque "assim se perde não só a batalha, mas também a guerra".
 
Foi entrevistado por Tempi.it, Ariño explica que, "para salvar o ser humano, é preciso ir à origem do problema. É isso que tentamos fazer nas ruas com os veilleurs" (os "veladores").
 
Conte-nos sua história. Como você cresceu?
 
Eu tinha uma péssima relação com o meu pai e, na adolescência, eu não conseguia fazer amizades masculinas. Depois entendi e reconheci que minhas tendências homossexuais eram sintoma de uma "ferida": só dessa maneira meu sofrimento começou a diminuir.
 
Ser homossexual é um sofrimento; não é uma escolha, um pecado ou algo inócuo. Conheço mais de 90 pessoas com pulsõeshomossexuais que foram estupradas. Agora, o mundo LGBT me odeia porque conto isso, mas eu repito a eles também: ahomossexualidade é uma ferida que não se alivia fazendo sexo. Se você não admitir isso, nunca terá paz.
 
Quando sua forma de entender a homossexualidade mudou?
 
Em 2011, descobri a beleza da continência. Eu havia começado a reconhecer que alguma coisa não estava bem e voltei à Igreja. Durante uma conferência, falei da minha situação e percebi que me ajudava. E não só isso: explicando o meu drama, consegui ajudar muitas pessoas, incluindo homens e mulheres casados.
 
Foi difícil?
 
EU encontrei um caminho, mas há muitos. Outros também conseguem superar estas pulsões; eu descobri que, reconhecendo a minha ferida e oferecendo-a a Cristo e à Igreja, minha condição dolorosa se transforma em uma festa. Ao não praticar ahomossexualidade, não estou dizendo "não" às minhas pulsões, mas "sim" a Deus: é um sacrifício para ter o melhor, o máximo, algo que antes eu não tinha. Podemos pensar que o Senhor só nos ama se estivermos bem, mas acontece o contrário: Ele ajuda quem precisa dele e, se você lhe oferece os seus limites, Ele faz grandes coisas.
 
Por que as relações homossexuais não o faziam feliz?
 
Ao me relacionar com outros homens ou olhar para eles de maneira possessiva, eu sentia satisfação no momento. Mas estava sozinho e nunca me sentia completo. É então que caímos na ilusão de achar que podemos viver a sexualidade como os outros, mas, na verdade, a sexualidade só pode ser vivida na diferença sexual.
 
O que mudou concretamente na sua vida?
 
Antes, eu me sentia sempre inferior aos homens, porque ahomossexualidade é invejosa. Agora, após descobrir que Deus me ama e que sou seu filho, querido e amado, não me sinto inferior a nenhum homem. Assim, depois de muitos anos, descobri a beleza da amizade masculina, que eu não trocaria pelas relações do passado – quando eu fingia estar me realizando.
 
Pessoas como você, que abandonam seu passado, não são muito queridas pela comunidade LGBT. Como você se relaciona com o universo que frequentava?
 
Eles me colocaram na lista negra. Ficam me ameaçando e me etiquetam de homofóbico, mas eu não teria sobrevivido junto deles: é um mundo de mentiras, que exteriormente se mostra alegre, mas dentro está cheio de raiva e tristeza. A maioria dos atos homofóbicos e dos insultos contra as pessoas com tendências como as minhas provêm de pessoas que têm feridas como as minhas, que gritam e vociferam porque são frágeis.
Os ativistas podem aplaudir quando você fala, mas você só é visto em sua sexualidade, como se fosse um animal ou um indivíduo de série B que precisa ter direitos especiais. É por isso que eu digo que somos os piores inimigos de nós mesmos. Na Igreja, no entanto, encontrei pela primeira vez alguém que me acolheu como pessoa, levando em consideração tudo o que o Philippe é.
 
Você costuma afirmar que a homossexualidade está se propagando. Por quê?
 
A identidade é cada vez mais frágil. Propaga-se porque o homem e a mulher, também os que moram juntos, muitas vezes não reconhecem a beleza da diferença e já não se encontram. Não sabem por que se casam, estão juntos mas ao mesmo tempo sozinhos, vivem a relação de maneira egoísta e não entram em comunhão. Só sobra o sentimento, enquanto este durar.
 
Por que os dois sexos se sentem tão distantes e alheios um do outro?
 
Penso que, quando se corta o vínculo com Deus, tudo se torna inimigo nosso, e então também surge a desconfiança entre o homem e a mulher. No entanto, as pessoas deveriam se casar para ajudar-se mutuamente a voltar Àquele que as criou: onde o homem não chega, chega a mulher. Do contrário, resta apenas a possessão que divide. E tudo isso prejudica os filhos. Se não partimos dessa consciência, nunca resolveremos o problema. Se jogamos a partida em outros campos, já a perdemos.
 
A que você se refere?
 
A ministra francesa de Justiça, Christiane Taubira, mãe da lei sobre o casamento gay, começou dizendo que era preciso distinguir entre casamento heterossexual e homossexual. Isso é uma mentira terminológica que não se ajusta à realidade e que não podemos aceitar. É preciso dizer que a heterossexualidade não existe: existem apenas o homem e a mulher, diferentes e complementares.
 
Além disso, não se deve excluir do debate a questão homossexualem si mesma. Se ela está se propagando, é responsabilidade de cada um de nós entender o que é e de onde vem, fazendo compreender o que estamos enfrentando. Pelo mesmo motivo, sempre digo que não é suficiente fazer um discurso cujo ponto de partida seja o direito das crianças, mas no qual se omite e tolera com indiferença as relações homossexuais. Só entendendo o sofrimento que deriva disso, e o fato de que se trata de uma amizade ambígua, incapaz de amor, se compreende que o único leito de crescimento para uma criança é a família com pai e mãe.
 
Inclusive nos casais do mesmo sexo mais estáveis, nos quais se busca o respeito, não há felicidade. Conheço alguns e muitas vezes são precisamente eles que me entendem. Durante uma conferência, um homem que vivia uma união estável há mais de 20 anos, me disse: "Como você tem razão!". Outros se perguntam: "Mas que vida estamos vivendo?". Quando a pessoa entende isso, já não pode dizer: "Coitados; vamos deixar que vivam como quiserem" e fazer o papel de "caridosos", como ocorre hoje.
 
O que acontecerá com as crianças que crescem nesse novo modelo de "família"?
 
Se a criança não aprende a beleza da diferença, não será capaz de amar. Uma sociedade que finge exaltar as diferenças, mas depois as trata como uma ameaça, está educando uma geração que não saberá acolher o outro. Vivemos em um mundo que se recusa a encarar a realidade, com suas contradições e limites, como os dasexualidade – vista hoje como um perigo. Esta deformação da realidade humana está conduzindo a um colapso antropológico. E quanto mais avançarmos neste sentido, mais crescerão as formas de solidão, neurose e violência.
 
O que se pode fazer?
 
Respeitar a realidade e tentar voltar a entender sua finalidade. No que diz respeito a mim, eu digo que Jesus, sua verdade e a Igreja são o caminho para amar, ser amado e servir.
 
(Artigo publicado originalmente por Religión en Libertad)
Um blogger e participante do universo ativista LGBT, começou-se a falar dele em 2011, quando Phillipe Ariño revelou que havia mudado de vida. Em 2013, ele guiou, em primeira linha, a batalha contra a legalização do "casamento para todos" francês; é autor do livro "L'homosexualité en vérité", que na França vendeu mais de 10 mil cópias.
 
Foi ele quem aconselhou Frigide Barjot, ex-porta-voz da "Manif pour tous", que não falasse de "heterossexualidade", porque "assim se perde não só a batalha, mas também a guerra".
 
Foi entrevistado por Tempi.it, Ariño explica que, "para salvar o ser humano, é preciso ir à origem do problema. É isso que tentamos fazer nas ruas com os veilleurs" (os "veladores").
 
Conte-nos sua história. Como você cresceu?
 
Eu tinha uma péssima relação com o meu pai e, na adolescência, eu não conseguia fazer amizades masculinas. Depois entendi e reconheci que minhas tendências homossexuais eram sintoma de uma "ferida": só dessa maneira meu sofrimento começou a diminuir.
 
Ser homossexual é um sofrimento; não é uma escolha, um pecado ou algo inócuo. Conheço mais de 90 pessoas com pulsõeshomossexuais que foram estupradas. Agora, o mundo LGBT me odeia porque conto isso, mas eu repito a eles também: ahomossexualidade é uma ferida que não se alivia fazendo sexo. Se você não admitir isso, nunca terá paz.
 
Quando sua forma de entender a homossexualidade mudou?
 
Em 2011, descobri a beleza da continência. Eu havia começado a reconhecer que alguma coisa não estava bem e voltei à Igreja. Durante uma conferência, falei da minha situação e percebi que me ajudava. E não só isso: explicando o meu drama, consegui ajudar muitas pessoas, incluindo homens e mulheres casados.
 
Foi difícil?
 
EU encontrei um caminho, mas há muitos. Outros também conseguem superar estas pulsões; eu descobri que, reconhecendo a minha ferida e oferecendo-a a Cristo e à Igreja, minha condição dolorosa se transforma em uma festa. Ao não praticar ahomossexualidade, não estou dizendo "não" às minhas pulsões, mas "sim" a Deus: é um sacrifício para ter o melhor, o máximo, algo que antes eu não tinha. Podemos pensar que o Senhor só nos ama se estivermos bem, mas acontece o contrário: Ele ajuda quem precisa dele e, se você lhe oferece os seus limites, Ele faz grandes coisas.
 
Por que as relações homossexuais não o faziam feliz?
 
Ao me relacionar com outros homens ou olhar para eles de maneira possessiva, eu sentia satisfação no momento. Mas estava sozinho e nunca me sentia completo. É então que caímos na ilusão de achar que podemos viver a sexualidade como os outros, mas, na verdade, a sexualidade só pode ser vivida na diferença sexual.
 
O que mudou concretamente na sua vida?
 
Antes, eu me sentia sempre inferior aos homens, porque ahomossexualidade é invejosa. Agora, após descobrir que Deus me ama e que sou seu filho, querido e amado, não me sinto inferior a nenhum homem. Assim, depois de muitos anos, descobri a beleza da amizade masculina, que eu não trocaria pelas relações do passado – quando eu fingia estar me realizando.
 
Pessoas como você, que abandonam seu passado, não são muito queridas pela comunidade LGBT. Como você se relaciona com o universo que frequentava?
 
Eles me colocaram na lista negra. Ficam me ameaçando e me etiquetam de homofóbico, mas eu não teria sobrevivido junto deles: é um mundo de mentiras, que exteriormente se mostra alegre, mas dentro está cheio de raiva e tristeza. A maioria dos atos homofóbicos e dos insultos contra as pessoas com tendências como as minhas provêm de pessoas que têm feridas como as minhas, que gritam e vociferam porque são frágeis.
Um blogger e participante do universo ativista LGBT, começou-se a falar dele em 2011, quando Phillipe Ariño revelou que havia mudado de vida. Em 2013, ele guiou, em primeira linha, a batalha contra a legalização do "casamento para todos" francês; é autor do livro "L'homosexualité en vérité", que na França vendeu mais de 10 mil cópias.
 
Foi ele quem aconselhou Frigide Barjot, ex-porta-voz da "Manif pour tous", que não falasse de "heterossexualidade", porque "assim se perde não só a batalha, mas também a guerra".
 
Entrevistado por Tempi.it, Ariño explica que, "para salvar o ser humano, é preciso ir à origem do problema. É isso que tentamos fazer nas ruas com os veilleurs" (os "veladores").
 
Conte-nos sua história. Como você cresceu?
 
Eu tinha uma péssima relação com o meu pai e, na adolescência, eu não conseguia fazer amizades masculinas. Depois entendi e reconheci que minhas tendências homossexuais eram sintoma de uma "ferida": só dessa maneira meu sofrimento começou a diminuir.
 
Ser homossexual é um sofrimento; não é uma escolha, um pecado ou algo inócuo. Conheço mais de 90 pessoas com pulsõeshomossexuais que foram estupradas. Agora, o mundo LGBT me odeia porque conto isso, mas eu repito a eles também: ahomossexualidade é uma ferida que não se alivia fazendo sexo. Se você não admitir isso, nunca terá paz.
 
Quando sua forma de entender a homossexualidade mudou?
 
Em 2011, descobri a beleza da continência. Eu havia começado a reconhecer que alguma coisa não estava bem e voltei à Igreja. Durante uma conferência, falei da minha situação e percebi que me ajudava. E não só isso: explicando o meu drama, consegui ajudar muitas pessoas, incluindo homens e mulheres casados.
 
Foi difícil?
 
EU encontrei um caminho, mas há muitos. Outros também conseguem superar estas pulsões; eu descobri que, reconhecendo a minha ferida e oferecendo-a a Cristo e à Igreja, minha condição dolorosa se transforma em uma festa. Ao não praticar ahomossexualidade, não estou dizendo "não" às minhas pulsões, mas "sim" a Deus: é um sacrifício para ter o melhor, o máximo, algo que antes eu não tinha. Podemos pensar que o Senhor só nos ama se estivermos bem, mas acontece o contrário: Ele ajuda quem precisa dele e, se você lhe oferece os seus limites, Ele faz grandes coisas.
 
Por que as relações homossexuais não o faziam feliz?
 
Ao me relacionar com outros homens ou olhar para eles de maneira possessiva, eu sentia satisfação no momento. Mas estava sozinho e nunca me sentia completo. É então que caímos na ilusão de achar que podemos viver a sexualidade como os outros, mas, na verdade, a sexualidade só pode ser vivida na diferença sexual.
 
O que mudou concretamente na sua vida?
 
Antes, eu me sentia sempre inferior aos homens, porque ahomossexualidade é invejosa. Agora, após descobrir que Deus me ama e que sou seu filho, querido e amado, não me sinto inferior a nenhum homem. Assim, depois de muitos anos, descobri a beleza da amizade masculina, que eu não trocaria pelas relações do passado – quando eu fingia estar me realizando.
 
Pessoas como você, que abandonam seu passado, não são muito queridas pela comunidade LGBT. Como você se relaciona com o universo que frequentava?
 
Eles me colocaram na lista negra. Ficam me ameaçando e me etiquetam de homofóbico, mas eu não teria sobrevivido junto deles: é um mundo de mentiras, que exteriormente se mostra alegre, mas dentro está cheio de raiva e tristeza. A maioria dos atos homofóbicos e dos insultos contra as pessoas com tendências como as minhas provêm de pessoas que têm feridas como as minhas, que gritam e vociferam porque são frágeis.

Jason Derulo "Wiggle" (feat. Snoop Dogg)

Hoje deixo aqui um video para todas as comunidades, tanto gays como heteros :D hope you enjoy